Dor no quadril: sempre é necessário operar?
Descubra quando a cirurgia de quadril é indicada e conheça opções eficazes de tratamento conservador para aliviar a dor e preservar sua qualidade de vida.
por Dr. Gabriel Benevides
1/18/20252 min read


Dor no quadril: quando a cirurgia é realmente necessária?
Sentir dor no quadril levanta, para muitas pessoas, a preocupação com a necessidade de uma cirurgia. No entanto, em grande parte dos casos, é possível controlar os sintomas com tratamentos conservadores, sem a necessidade imediata de uma intervenção cirúrgica.
A origem dessa dor pode variar: artrose, bursite, tendinites, lesões musculares ou até alterações na coluna que irradiam para a região do quadril. Por isso, identificar corretamente a causa do desconforto é essencial antes de qualquer decisão cirúrgica.
Neste artigo, explico as principais estratégias de tratamento não cirúrgico para dor no quadril, com foco na preservação da função articular e qualidade de vida.
Avaliação precisa: o primeiro passo para tratar a dor no quadril
Nem toda dor no quadril tem origem na articulação. O desconforto pode ser referido da coluna lombar, pelve ou até joelhos. Por isso, a avaliação clínica detalhada, associada a exames de imagem (como raio-X e ressonância magnética), é fundamental para direcionar o tratamento.
Tratamento conservador: abordagens eficazes
1. Fisioterapia e fortalecimento muscular
Manter a articulação ativa e fortalecer a musculatura ao redor do quadril é essencial. Programas fisioterapêuticos personalizados, com exercícios para glúteos, abdômen e músculos do core, ajudam a:
Melhorar a nutrição e lubrificação articular
Reduzir a dor
Corrigir movimentos inadequados
Aumentar a estabilidade
2. Controle de peso
O excesso de peso agrava a sobrecarga sobre o quadril. Perder peso de forma saudável reduz a pressão sobre a articulação, alivia a dor e previne desgaste da cartilagem. Caminhadas, hidroginástica e bicicleta ergométrica são boas opções de atividade física.
3. Uso de dispositivos de apoio
O uso correto de bengalas ou bastões pode ajudar a redistribuir o peso corporal e reduzir a dor. A bengala deve ser utilizada no lado oposto ao quadril afetado e ajustada conforme orientação profissional.
4. Medicações e infiltrações
Analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem controlar os sintomas com segurança. Infiltrações com corticoides, quando bem indicadas, aliviam inflamações localizadas e permitem maior adesão à fisioterapia.
5. Movimento controlado
Evitar o sedentarismo é crucial. Atividades de baixo impacto, como pilates, bicicleta ou natação, favorecem a produção de líquido sinovial, reduzem a rigidez e preservam a força muscular.
Quando a cirurgia é indicada?
A cirurgia é indicada quando há falha no tratamento conservador ou condições graves, como:
Artrose avançada com limitação funcional severa
Fraturas do quadril
Lesões estruturais importantes na cartilagem
Deformidades ósseas
A artroplastia total do quadril ou artroscopia pode ser necessária nesses casos. A decisão deve ser baseada em critérios clínicos e tomada em conjunto com o paciente, após esgotadas as opções não invasivas.
Cuidados que ajudam a preservar a saúde do quadril
Evite ficar muito tempo sentado ou em pé sem se movimentar
Pratique exercícios com regularidade
Mantenha uma boa postura ao sentar e levantar
Use calçados confortáveis e estáveis
Mantenha o peso sob controle
Procure avaliação médica assim que surgirem os sintomas
Conclusão
A dor no quadril pode ser debilitante, mas nem sempre a cirurgia é necessária. Com diagnóstico preciso e abordagem individualizada, muitas pessoas conseguem alívio significativo por meio de métodos conservadores.
Se você sente dor no quadril, não espere a situação piorar. Agende uma consulta e receba uma avaliação completa para entender a causa do seu problema e iniciar o tratamento ideal. Sua qualidade de vida merece atenção especializada.
Consultas
Consultório Bela vista
R. Cincinato Braga, 37
Consultório Moema
Av. Açocê, 50
Contato
g.benevides@hc.fm.usp.br
(011) 9 7878-0538
© 2025. All rights reserved.